O presidente do Sistema FAEMG, Roberto Simões, se
disse estarrecido com a proposta de aplicação de taxa sobre as exportações
brasileiras do agronegócio como forma de aumentar a arrecadação da Previdência.
A medida está sendo discutida no Fórum de Debates, promovido pelo Ministério do
Trabalho e Previdência Social.
“É uma ideia
inimaginável. Somos o único setor que, mesmo em meio à crise, vem garantindo
saldos positivos ao país. Com imensas dificuldades, competimos contra países
que contam com vultosos subsídios governamentais. Graças à eficiente pesquisa
agropecuária e à enorme competência de nossos produtores, temos conseguido
oferecer alimentos baratos e de alta qualidade, o que nos garante
competitividade internacional e, consequentemente, resultados positivos para a
balança comercial brasileira. A taxação sobre as exportações do agronegócio
terá, sem dúvida, um efeito cascata muito grave sobre toda a economia de nosso
país. Está aí o recente exemplo da Argentina, que quase foi à falência ao
utilizar política semelhante. Como bem disse a ministra Kátia Abreu: ‘quem vai
querer comer produtos brasileiros com o gosto amargo da tributação?’”.